Tudo começa como um zumbido, e você surdo.
Incomodativo, agudo, afiado.
Entre todos os barulhos lá de fora, os sussurros de cá dentro, e aquele zunzunzum.
Um boato persistente, lá de trás das boas idéias que logo serão esquecidas.
Mas, algo faz dele grito, berro, e um dia como bebê sujo exige sua atenção.
E a gente inocente dá.
Um erro maravilhoso!
Ouvi-lo ensina, instiga, perturba a natural ordem das coisas complicadas.
E daquele som perturbado, vem nos chegando o conforto do entendimento.
Mera ilusão.
Chega ficando alto e mais claramente altivo, até tornar-se parte, uma grande parte de nós.
O desejo do “possível?”, do “por que não?”, do “e agora?”.
E como gostamos disso…
A certeza perene da transformação como algo real, do valor do sonho para a vida, que tudo que é hoje real primeiro fez parte do universo do imaterial.
E mesmo sem resposta alguma nos metemos na convicção que não há erro, não há acerto, tudo é poucamente efêmero.
Não saber nos dá muito medo, o conhecido apavora o novo, atrás da árvore sempre a espreita o velho coelho branco.
E o que essa voz nos diz?
O que essa voz nos faz seguir?
Não sabemos.
Saberemos.
Seja então bem-vindo.
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